quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Soneto Presente de Ary dos Santos

Este soneto pode não significar para vocês ou pode não suscitar interesse da vossa parte, mas eu gosto bastante dele e por isso gostaria de partilhá-lo convosco.
No 11º ano tive de apresentar um poema e foi este que escolhi porque o seu autor foi um revolucionário, no tempo da didatura em Portugal.
Passo a citar,
Não me digam mais nada senão morro
aqui neste lugar dentro de mim
a terra de onde venho é onde moro
o lugar de que sou é estar aqui.

Não me digam mais nada senão falo
e eu não posso dizer eu estou de pé.
De pé como um poeta ou um cavalo
de pé como quem deve estar quem é.

Aqui ninguém me diz quando me vendo
a não ser os que eu amo os que eu entendo
os que podem ser tanto como eu.

Aqui ninguém me põe a pata em cima
porque é de baixo que me vem acima
a força do lugar que for o meu.


Beijinhas*****


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