8 BILHAS fazem muito MAIS!
segunda-feira, 19 de março de 2007
terça-feira, 13 de março de 2007
Postal sem remetente
Tenho saudades tuas,
de te cuidar,
de te ver,
ver como te cuido!
Como tratam de ti, aí?
Como tratam de ti, aí?
Como te veem
como te agarram e se agarram a ti?
Vês-me?
Vês-me?
Cuidas-me?
...
Não me digas como é
Não me digas como é
como és
...
se me ganham ou se te perco.
Pega-me, leva-me e não me devolvas!
domingo, 11 de março de 2007
domingo, 4 de março de 2007
O lugar que vos quero mostrar...
Ali
Naquele lugar
No meu canto
Que me encanta
Naquela fotossíntese
Com o sol
Com tudo o que rodeia
Pedras
Flores
Pássaros, num chilrear desenfreado
O grito da natureza
O grito do mais puro
Do mais simples e belo
O meu grito
Por tudo o que sinto falta
Neste antro de fumo
Onde tudo é escuro
Nesta selva de cimento
Onde ninguém se ouve
Onde o silencio tem ruído
Onde o ruído incomoda
Onde o incómodo não é ouvido.
É ali…
Naquele lugar
Onde me vejo
Onde me revejo
Onde a vida se funde com o ar
Onde o ar sussurra e arrepia
Onde a chuva molha de mansinho
E limpa tudo o que a escuridão sujou
O corpo
A alma
O coração
Ali
Onde as flores namoram o sol
Se dirigem a ele quando nasce
Lhe piscam as pétalas ao deitar
Ali
Onde tudo o que nasce é bem-vindo
Onde tudo o que morre é sentido
Neste que parece ser o lugar perfeito
No desejado pedregulho do miradouro
Neste culminar da perfeição
Também as flores
E os pássaros
E as gentes
E os ares
E o sol
Morrem….
E o espírito anoitece com eles
E a alma volta a realidade
E o corpo volta a sentir o áspero do cimento
E eu volto a não saber
Ou a saber
Ou a nem sequer imaginar
Quanta falta aquele lugar me faz
…
A lua vem-me deitar
Adormeço e sonho
Acordo e vivo
Sinto e espero
Por um dia lá voltar a viver
Por um dia o rever
Por um dia ele me dizer
Que é lá que pertenço
Que nunca de la saí
Do cimo daquela pedra vi tudo
O rio
As flores
As serras
Os bichos
Os sons
Os ventos
As casas
…
Vários mundos
Vários monstros
Várias vidas
…
Do cimo daquela pedra vi
E voltei a olhar
E voltei a ver
Fechei os olhos
E continuei a ver
Porque todo aquele som do silêncio me bastava
Para sentir tudo o que ali estava
Para correr em todas aquelas serras
Sentir a erva molhada do prado
Tocar no pássaro pousado no meu ombro
E cantar com ele
Tocar nas velhas e sábias árvores
Mandar uma pedra ao rio
E ver as ondas que acordaram os peixes
Colher uma flor
Sentir o seu cheiro
O leve orvalho da folha
A tal marca da noite
Que o dia vem roubar
…
Dou o bom dia ao cacto
E colho um pico para levar no bolso
…
É o que faz sentir
Acreditar que pode haver amanha
Que o ontem existiu
Mas passou!
Que o amanha virá
E com ele o sol
Que roubará o orvalho à flor
E o mistério à noite
…
Abro os olhos
Vejo o sol
Não vejo tudo o que vi antes
Não sinto o que senti
Não toquei no que não vi
Não trouxe o que colhi…
Tudo isto em sonho…
Tudo isto assim…
…
Ali
Naquele lugar
Agora
De olhos abertos
Vejo diferente
Vejo o hoje
…
A gota de orvalho desapareceu
Mas a flor ficou
Naquele lugar
No meu canto
Que me encanta
Naquela fotossíntese
Com o sol
Com tudo o que rodeia
Pedras
Flores
Pássaros, num chilrear desenfreado
O grito da natureza
O grito do mais puro
Do mais simples e belo
O meu grito
Por tudo o que sinto falta
Neste antro de fumo
Onde tudo é escuro
Nesta selva de cimento
Onde ninguém se ouve
Onde o silencio tem ruído
Onde o ruído incomoda
Onde o incómodo não é ouvido.
É ali…
Naquele lugar
Onde me vejo
Onde me revejo
Onde a vida se funde com o ar
Onde o ar sussurra e arrepia
Onde a chuva molha de mansinho
E limpa tudo o que a escuridão sujou
O corpo
A alma
O coração
Ali
Onde as flores namoram o sol
Se dirigem a ele quando nasce
Lhe piscam as pétalas ao deitar
Ali
Onde tudo o que nasce é bem-vindo
Onde tudo o que morre é sentido
Neste que parece ser o lugar perfeito
No desejado pedregulho do miradouro
Neste culminar da perfeição
Também as flores
E os pássaros
E as gentes
E os ares
E o sol
Morrem….
E o espírito anoitece com eles
E a alma volta a realidade
E o corpo volta a sentir o áspero do cimento
E eu volto a não saber
Ou a saber
Ou a nem sequer imaginar
Quanta falta aquele lugar me faz
…
A lua vem-me deitar
Adormeço e sonho
Acordo e vivo
Sinto e espero
Por um dia lá voltar a viver
Por um dia o rever
Por um dia ele me dizer
Que é lá que pertenço
Que nunca de la saí
Do cimo daquela pedra vi tudo
O rio
As flores
As serras
Os bichos
Os sons
Os ventos
As casas
…
Vários mundos
Vários monstros
Várias vidas
…
Do cimo daquela pedra vi
E voltei a olhar
E voltei a ver
Fechei os olhos
E continuei a ver
Porque todo aquele som do silêncio me bastava
Para sentir tudo o que ali estava
Para correr em todas aquelas serras
Sentir a erva molhada do prado
Tocar no pássaro pousado no meu ombro
E cantar com ele
Tocar nas velhas e sábias árvores
Mandar uma pedra ao rio
E ver as ondas que acordaram os peixes
Colher uma flor
Sentir o seu cheiro
O leve orvalho da folha
A tal marca da noite
Que o dia vem roubar
…
Dou o bom dia ao cacto
E colho um pico para levar no bolso
…
É o que faz sentir
Acreditar que pode haver amanha
Que o ontem existiu
Mas passou!
Que o amanha virá
E com ele o sol
Que roubará o orvalho à flor
E o mistério à noite
…
Abro os olhos
Vejo o sol
Não vejo tudo o que vi antes
Não sinto o que senti
Não toquei no que não vi
Não trouxe o que colhi…
Tudo isto em sonho…
Tudo isto assim…
…
Ali
Naquele lugar
Agora
De olhos abertos
Vejo diferente
Vejo o hoje
…
A gota de orvalho desapareceu
Mas a flor ficou
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